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  • Neiva Alves Ribeiro

O ENVELHECIMENTO HUMANO: A APOSENTADORIA E O DECLÍNIO DAS FUNÇÕES COGNITIVAS

Atualizado: 15 de nov. de 2020

INTRODUÇÃO

O presente trabalho se propôs pesquisar sobre o tema envelhecimento que versou com seus meandros desde o despreparo do próprio homem para o tema envelhecer, como o jovem que daqui a pouco será velho e consequentemente uma sociedade que também não se mostra preparada para o envelhecimento do mundo.


O estudo se estendeu a questões relativas à forma como o homem enfrenta esta última etapa da vida no que tange aos aspectos familiares, sociais e consigo mesmo. A singularidade do envelhecimento como sendo única para cada indivíduo e a importância do contexto social para enfrentar este período da vida com seus mistérios e ao mesmo tempo encantamentos.


Do envelhecimento do mundo resultam questões demográficas explicitadas aqui. A mudança do panorama mundial que trazem questões que vão modificar a médio e longo prazo a sociedade em que vivemos. Ainda como resultados destas mudanças surgem novas ciências que se ocupam de estudar e amparar o idoso, ou mesmo formar profissionais que vão estar a serviço de conduzir comportamentos, ou mesmo tratar doenças relativas ao envelhecer.


Destes ditames da ciência nasce a Gerontologia e a Geriatria com suas especificidades e atendimento clínico para o idoso. No fechamento deste tópico foram abordadas três teorias: atividade, continuidade e desengajamento, sugerindo formas pelas quais o homem se desliga da produtividade, ou mesmo o seu desejo por continuar sendo produtivo.

Ainda fazendo parte do contexto do envelhecimento, está a aposentadoria onde nos propusemos a um breve histórico sobre o surgimento da mesma, de políticas públicas como a Lei dos Pobres e uma referência breve a era Industrial e o aparecimento dos sindicatos.


Na continuidade e fechamento do presente estudo foi abordado o tema declínio das funções cognitivas que são pertinentes ao fato do envelhecer e os cuidados na identificação do declínio destas funções, uma vez que elas são importantes no surgimento de patologias. No outro extremo a saúde e qualidade de vida do idoso, uma vez que a cognição se liga a aprendizagem que por sua vez está presente até o último momento da vida.

ABSTRACT – Human Aging: Retirement and the Decline of Cognitive Functions. This paper discusses the theme of aging, including issues such as man’s own unpreparedness to deal with it, as in the case of the young man who will soon be old, and, accordingly, that of a society which is equally not prepared for the aging of the world.

This study encompasses questions that concern man’s dealing with this last stage of the life cycle in its familial, social and individual aspects. The reality of aging is addressed in its uniqueness for each person, taking into consideration the importance of the social context to face this stage with its mysteries and beauties.

Demographic issues arising from the aging of the world’s population are evidenced here. This change in the world scenario brings forth an issue that will modify in the short and long term the society in which we live. Another result of this change are the new sciences that are focused on studying and helping the elderly or even training professionals who will educate behaviors or treat disorders related to aging.

From these tenets of science arise gerontology and geriatrics with their particularities and clinical practice regarding the elderly. Three theories were studied within this topic: activity, continuity and disengagement, suggesting forms through which man is detached from productivity or even his desire to remain productive.

Still within the context of aging, a brief history of the institution of retirement is provided, including public policies such as the “Poor’s Law” and a brief reference to the Industrial Age and the origin of the unions.

The study also includes in its conclusion the theme of the decline of cognitive functions associated to the fact of aging and the care needed to identify the decline of these functions given their importance in the development of pathologies. In the other end lies the elderly’s health and life quality, since cognition is associated to learning, which is present up to the last moment of life.

Keywords: Aging, Retirement, Cognitive Functions.

O ENVELHECIMENTO HUMANO

O processo de envelhecer é experenciado por cada ser humano de modo diferente. Nas discussões científicas este assunto tem ocasionado controvérsias, na medida em que esta questão mesmo tendo indicadores cronológicos que estipulam o seu início, não parece ser igual para todas as pessoas.


O envelhecimento é uma experiência singular, cada um na sua individualidade sente e percebe conforme seu gênero, raça, classe, religião; enfim, depende de pessoa para pessoa. Os próprios termos variam quanto à nomenclatura, conforme a preferência: idoso, velho, terceira idade, mais velhos, idosos, jovens e tardios. (Nunes, 2010).


Desde o primeiro minuto após o nascimento o ato de envelhecer é iniciado ele faz parte de um processo. Segundo, (Souza, 2015). O processo de envelhecimento tem a sua realidade assinalada pelos anos que nos separam do nascimento e o tempo que nos torna mais próximos do fim.


Ao nascer somos lindos bebês, à medida que vamos crescendo a beleza se faz maior, está presente nos detalhes, capacidades e sabedorias que vamos desenvolvendo, sendo o ato de envelhecer sentido como muito distante e que nunca chegará. Porém, o amanhã não tarda e com ele o amadurecimento e a visibilidade implacável que este nos trará. Se por um lado somos mais sábios e capazes para resolver o dia a dia, por outro, o espelho mostra que a descida dos degraus da vida em direção à origem e a morte foi iniciada.


A própria maturidade indica que habitualmente se atribui ao homem feito a preeminência sobre a criança e o jovem: ele adquiriu conhecimentos, experiências, capacidades. Sábios, filósofos, escritores situam geralmente o apogeu do indivíduo no meio da sua vida. (Beauvoir, 1990).


É o ciclo da vida se completando. A grande viagem está chegando à última e derradeira estação a finitude. Urge então o momento de olhar para trás aprendendo com tudo o que foi vivido, transformando estas vivências em sabedorias para desfrutar o que ainda resta. Segundo, Erikson, 1998. A velhice exige que a pessoa reúna todas as experiências prévias e se apoie nelas, mantendo-se consciente e criativa com uma nova dignidade.


É importante nesta fase da vida ter a consciência de que velhice não é sinônimo de morte. O fim está próximo, mas o mais importante é olhar o futuro, não se deixando envolver pela tristeza ou a depressão. O tempo que resta precisa ser desfrutado pelo homem experiente e sábio que assume o comando da situação. É bem verdade que a filosofia diz que a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás. Mas nisso esquece-se o outro princípio de que a vida só pode ser vivida olhando-se para frente. (Fooken, 2015, apud Kierkegaard).

Tempo para ver filhos crescidos, a missão como educadores da prole foi cumprida. Neste contexto o sucesso dos filhos e netos, seguindo gerações, revelando o cenário e a maestria do velho que erigiu e transmitiu a perpetuação da espécie.


Em todas as famílias, em maior ou menor grau, há uma transmissão de valores, crenças e condutas de uma geração para outra – o chamado aspecto transgeracional. Em minha observação, percebo que normalmente os filhos são o retrato dos pais e é fácil imaginar como são uns ao conhecer os outros. (Zimmermann, 2000).


Época de retrospectivas, balanço do que foi realizado, mas principalmente o que ainda é possível desenvolver, sonhos, fantasias, esperanças. Tempo de voltar-se para um futuro que não podemos mensurar o tamanho, mas que não se pode negar a existência do mesmo.

No entanto, a vida é projeto permanente de cada sujeito que se articula, incessantemente, com o conjunto de projetos da coletividade humana. No contexto atual de soberania da longevidade aumentada, que adia a velhice e a morte, todos nós estamos convocados a compartilhar ideias e sentimentos que constituem o nosso projeto pessoal. (Py et al. 2004).


Através dos amigos, as viagens, a diversão, a família, o esporte, os projetos pessoais poderemos ter qualidade de vida e consequente juventude para viver a velhice. Muitas vezes, ao contrário daquilo que pensamos, a velhice está na forma como o velho se comporta e vive a vida. Importante salientar a saúde física, muito embora, mesmo gozando de boa saúde o velho, muitas vezes, não desfruta do que poderia usufruir. Deixa de viver o que lhe traria satisfação e o que é pior agarram-se a filhos e netos como se estes fossem lhes alongar a existência, sendo muitas vezes, usados, a exemplo de mulheres avós, servindo de babás dos próprios netos em obrigações que não deveriam ser destas mulheres.


[...] Nas relações entre as avós e suas filhas e, às vezes, noras surgem, inevitavelmente, as questões do cuidado com os netos pequenos e as interferências das avós nas decisões educacionais, bem como das filhas na organização da vida cotidiana da mulher mais velha e do casal de avós. A queixa das avós que se sentem usadas como babás e os conflitos que advém desse desconforto são formas de linguagem que permitem expressar os papéis na família e a hierarquia familiar. (Py et al. 2004).


O envelhecimento com suas etapas e crises são visíveis no plano pessoal, familiar, ou mesmo no social. Na medida em que o mundo envelhece, caminhamos todos para uma situação inusitada. O mundo será velho em muito pouco tempo. Nesta demanda não só o velho precisa aprender sobre velhice e como desfrutar mais dela. Também o jovem com a ampliação da consciência, enxergando o fenômeno que se avizinha de todos.

Dados Demográficos do Envelhecimento

A questão do envelhecimento humano, no mundo, é um fenômeno em crescimento e com acentuada elevação. “Segundo dados publicados pela United Nations (2001) no Word Population Ageing, 1950-2050, apontam, para a existência, em Portugal, de 300 pessoas com 100 ou mais anos, prevendo-se que em 2025 esse número ascenda aos 1.800 e, em 2050, atinja 6.400 pessoas”. (Souza et al. 2015).


“Até o ano de 2025, segundo a OMS, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos”. (Terra et al. 2013). As causas deste fenômeno se dão a inúmeros fatores. O controle de muitas doenças infectocontagiosas, queda da mortalidade infantil, diminuição das taxas de fecundidade, o avanço da medicina com novas tecnologias, as politicas de vacinação em massa, os antibióticos, enfim, o recurso dos medicamentos como fatores que perpetuam a vida e favorecem a longevidade.


O envelhecimento demográfico é fator presente no mundo, exigindo da comunidade científica, da sociedade em geral, das políticas de saúde novas demandas. Destes aparatos surgem estudos, diretrizes e leis de amparo ao idoso. Novas formas de se dedicar e tratar o envelhecimento, que por sua vez, exige cuidados específicos, com necessidades próprias e pertinentes ao fato de envelhecer.


O mundo científico se lança em busca de especialidades e especialistas que possam estudar através de uma ciência nova, o cidadão velho. Neste contexto temos o surgimento da Geriatria, com especialistas, Médicos Geriatras que estarão a serviço de diagnosticar e tratar os aspectos e as mudanças do envelhecimento junto a equipes multidisciplinares.

A Geriatria é a área da medicina que cuida da saúde e das doenças da velhice; que lida com os aspectos físicos, mentais, funcionais e sociais nos cuidados agudos, crônicos, de reabilitação, preventivos e paliativos dos idosos; e que ultrapassa a “medicina centrada em órgãos e sistemas” oferecendo tratamento holístico, em equipes interdisciplinares e com o objetivo principal de otimizar a capacidade funcional e melhorar a qualidade de vida e autonomia dos idosos. (Miró et al, 2009).


Ainda no campo científico, voltado ao envelhecimento temos a Gerontologia pesquisando e estudando sobre os aspectos psicológicos, sociais e biológicos do idoso. Os especialistas, gerontologos, podem advir das mais variadas áreas do conhecimento e atuam na reabilitação do idoso, nos cuidados paliativos, na prevenção e orientação nas escolhas da habitação, na política da aposentadoria e políticas sociais, visando a melhor qualidade de vida.


Gerontologia é um campo multidisciplinar que tem como objeto o estudo do processo do envelhecimento, o fenômeno velhice, que é evento de natureza biológica, sociológica e psicológica e os indivíduos e grupos socialmente definidos como idosos. (Neri, 2002).

O estudo da Gerontologia toma os fatos que implicam na saída do velho do sistema produtivo com suas repercussões pessoais e sociais, explicando e pontuando com suas teorias a relação da velhice com a aposentadoria e a produtividade. As Teorias do Desengajamento, da Atividade, da Continuidade versam sobre o comportamento e as formas que os indivíduos estabelecem quando se afastam ou mesmo são afastados da produção, ou ainda, desejam ser produtivos.

TEORIA DO DESENGAJAMENTO

O desengajamento postula que o envelhecimento terá uma demanda de afastamento das pessoas do contexto social. Esta teoria foi fruto das pesquisas de Cummy e Henry nos Estados Unidos que em seus estudos enfatizaram o desengajamento como um produto da socialização. O homem acredita que deve se afastar e por consequência a sociedade também o repele. Este cenário cria espaço para o jovem que irá assumir responsabilidades liderando o contexto social. Deseja então o velho aposentar-se como forma de estar desengajado do mundo da produção, do trabalho e das relações sociais.


“A teoria do desengajamento surgiu nos Estados Unidos em 1961, o primeiro, o maior e mais amplo estudo sobre a teoria do desengajamento, numa tentativa de explicar o processo de envelhecimento e as mudanças nas relações entre o indivíduo e a sociedade”. (Rodrigues et. al, 2010).


Em situações onde o próprio velho não se encaminha para o afastamento, o contexto social, segundo a teoria, vai tomar a atitude de provocar o desengajamento, a exemplo das aposentadorias compulsórias.


Se os idosos que se retiram ou são excluídos do mercado de trabalho experimentam perdas importantes de rendimento, para a grande maioria dos que permanecem em atividade o nível de renda é extremamente baixo. Isto porque, no geral, eles se concentram naquelas atividades menos valorizadas e, portanto, de pior remuneração. (Saad, 1992).


O desengajamento também pode ser determinado por processos internos onde o indivíduo avalia o momento de vida e constata as transformações que o envelhecimento lhe está apresentando e não se sente com condições para lidar com consigo mesmo e a sociedade frente ao fato de estar velho. As perdas de familiares e doenças também podem colaborar nesta decisão.

TEORIA DA ATIVIDADE

Se por um lado a teoria do desengajamento postula o afastamento do indivíduo do meio social. A teoria da Atividade é exatamente ao contrário, pois afirma que o indivíduo deve estar inserido em atividades que por sua vez irão mantê-lo ativo. Uma das primeiras teorias sociológicas sobre o envelhecimento que surgiu foi a Teoria da Atividade, formulada em 1953 por Havighurst e Albrecht. Essa teoria postula que atividade é o componente principal para o envelhecimento bem-sucedido, e se propõe a explicar a relação entre atividade e satisfação na velhice (Ferreira, 2011). Apud. (Havighurst, 1953).


Esta teoria vai contribuir com políticas públicas e movimentos sociais que irão com seus programas proporcionar aos idosos qualidade de vida. São inúmeros os locais destinados a receber esta população oferecendo os mais variados tipos de atendimentos destinados à manutenção da saúde física, e o espaço grupal onde as trocas das experiências acontecem. Neste este quesito o SESC como sendo a primeira entidade que se especializou no atendimento voltado ao lazer e a preparação da saúde física do idoso. O Sesc oferece aos idosos todos os tipos de esportes incluindo os adaptados a esta faixa etária, bem como, foi à primeira instituição a promover o turismo com idosos, dispõem de teatros, bibliotecas e uma gama de cursos voltados à formação de seus associados.

Ainda prega esta teoria que o mais importante na vida do idoso é que ele possa dar-se conta das buscas que deverá fazer para substituir tudo que foi perdendo de importante ao longo da vida. Estas substituições, desde que ele se proponha, vão ajudar na inserção de outros papéis substitutos. As perdas na velhice vão desde pessoas queridas e estas não serão fáceis de assimilar, demandando inclusive ajuda do social, até perdas de papeis exercidos na empresa que um dia ele talvez tenha comandado. A teoria não nega o sofrimento destes eventos, mas sim a capacidade para envolver-se em atividades que lhe proporcionem novo sentido na vida e consequentemente o torne outra vez ativo e produtivo.

[...] “Na década de 80, a teoria da atividade recebeu críticas em função da falta de atenção para com as diferenças no envolvimento de idosos em atividades por motivos sociais e econômicos. A teoria foi criticada por focar-se na adaptação e satisfação individual, sem considerar diferenças baseadas em classe, gênero e raça. As ideias defendidas por estes teóricos não consideraram as desigualdades sociais existentes entre idosos, como o acesso à segurança, cuidados de saúde e moradia, não levando em conta as diversas circunstâncias e ambientes de vida do idoso, que tanto afetam seu envolvimento (ou não) em determinadas atividades”. (Ferreira, 2011).

TEORIA DA CONTINUIDADE

A teoria da continuidade foi formulada por Atchley em 1989, inicialmente como teoria geral do desenvolvimento, abordando os aspectos de estabilidade e continuidade. Tem como principal objetivo explicar como as pessoas de meia-idade e idosas tentam manter as estruturas internas e externas preexistentes aplicando estratégias já conhecidas e utilizadas anteriormente. (Mattner. 2004).


De acordo com a teoria padrões de comportamento desenvolvidos ao longo da vida, trazidos do contexto histórico do indivíduo, estilos de vida e traços de personalidade devem ser mantidos no envelhecimento como forma de trazer sucesso nessa etapa da vida.

A continuidade interna se refere às características psicológicas, tais como: autoconceito, ideias, atitudes, interesses, preferenciais e comportamentos. A continuidade externa estaria relacionada ao ambiente físico e social. A adaptação das pessoas as mudanças, quando confrontadas com desafios como o envelhecimento, ocorreria tanto através da continuidade interna quanto da externa. (França et al, 2009).


Esta teoria se desenvolveu com preceitos formulados por Atchley e se constituiu com características que são próximas a teoria da Atividade. O enfoque maior da teoria parece ser em cima das relações, porém, as limitações são de que não se percebe muita cautela diante das suas afirmações ou mesmo a tentativa de reforçar preceitos por ela apregoados.

O conceito psicológico de continuidade inclui a ampla noção de personalidade, de estilo de vida e de preferências gerais, mas é necessário abranger atitudes específicas, bem como crenças intrapsíquicas sobre si e os outros. A teoria apresenta-se como determinismo ao afirmar que traços de personalidade ou estilos de vida previamente adotados afetam o indivíduo em todos os estágios posteriores até a velhice. Dessa perspectiva, as pessoas são programadas para envelhecer de maneira particular, sem outras opções. (Neri, 2007).

APOSENTADORIA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS

A aposentadoria desperta sentimentos que se digladiam entre si, sendo comuns as interrogações sobre como será ficar sem o trabalho que foi realizado numa vida toda. Ao mesmo tempo, um prazer pela expectativa de não ter mais aquele compromisso, uma sensação de estar em férias para sempre, mas acompanhada do temor das possíveis dificuldades financeiras que poderão surgir. Ela é um determinante entre juventude, produtividade e espaço a ser ocupado em uma sociedade que descarta tudo que é velho. Podemos pensar em aposentadoria como um umbral que o indivíduo transpõe e passa a ser oficialmente velho.


Ao ingressar no mercado de trabalho tem o indivíduo um mundo pela frente, ou acredita ter. Com o passar dos anos e o tempo para aposentar-se chegam às dúvidas e os questionamentos, de como se dará a sobrevivência com um salário, “benefício” que sabemos, ficará cada vez mais defasado, em que pese, ser aposentado é ser segregado, ter o benefício é ser tratado como alguém sem muito valor, alijado da sociedade por ser velho e aposentado e, não raro maltratado quando busca o escasso dinheiro, como se esmola fosse.


A aposentadoria é caracterizada pela saída do mundo do trabalho, pela entrada no mundo doméstico e pela passagem de um mundo de poder para um mundo em que o poder está nas mãos de outros. (Stucchi, 1998).


O surgimento da aposentadoria se dá num contexto onde os trabalhadores que compunham a mão de obra Industrial foram envelhecendo e sem condições para continuar suas funções na indústria, passando a viver em condições de vida miserável. Atualmente a situação não se apresenta muito diferente, porém o fato do prolongamento da vida permite que muitos idosos mesmo atingindo o tempo exigido para aposentar-se e legalmente formalizando o direito adquirido, continuam tendo outras atividades remuneradas, pois o que ganham não lhes permite uma vida digna. Soma-se ao fato, não raro, precisarem sustentar filhos e netos que se transformam em seus dependentes vivendo do seu parco salário.


Não se pode colocar a questão do idoso, seja aposentado ou pensionista, à margem da realidade brasileira. Nos diferentes ciclos de desenvolvimento, da colonização predatória ao mercantilismo e deste ao industrialismo, os aposentados e pensionistas construíram com sua força de trabalho, especializada ou não, a riqueza deste país e hoje não recebem nem mesmo a parte que lhes cabe, como retorno do capital aplicado durante 30 ou 35 anos, na Previdência Social. (Lourenço, 1992).


Na história da aposentadoria nos chama a atenção para um referencial que consideramos importante. Durante a implantação do capitalismo e com a burguesia sentindo-se ameaçada e com medo do que os pobres pudessem fazer de danos a eles enquanto transitavam pelas ruas, forçaram o aparecimento de uma política pública. Era o estado promovendo a caridade através de um fundo público sendo a primeira Lei Assistencialista e Política de Bem Estar Social. A “Lei dos Pobres”.


Políticas públicas são conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado diretamente ou indiretamente, com a participação de entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado seguimento social, cultural, étnico ou econômico. As políticas públicas correspondem a direitos assegurados constitucionalmente ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos poderes públicos enquanto novos direitos das pessoas, comunidades, coisas ou outros bens materiais. (Portal - Secretaria do Meio Ambiente do Paraná, 2016).


Em 1601, finalmente foi aprovada a lei Elisabetana conhecida como Lei dos Pobres, que consolidou a legislação anterior em uma única norma. Entre suas principais disposições, destacam-se a instituição de uma taxa compulsória de pobreza cobrada em todas as paróquias, a manutenção dos cargos de “supervisores de alívio” ou “supervisores dos pobres”, a diretriz de encaminhar todos os pobres ao trabalho em troca de alimentos ou de uma remuneração mínima para a existência e a arrecadação, dos proprietários de imóveis, de uma taxa de alívio da pobreza. (Lima, 2014).


A Lei dos Pobres tem seu valor e serventia até a Era Industrial se expandir, pois neste ínterim se fazia necessário à mão de obra para operar as máquinas e desta forma a necessidade de assalariamento do trabalhador. Neste contexto servindo aos interesses das classes dominantes, a Lei dos Pobres perde seu valor de “AMPARO”.


A Era Industrial é um marco na vida do homem, ele sai da mendicidade, e passa em meados do século XIX a ser assalariado servindo aos interesses das elites que colocam em suas fábricas, crianças e mulheres grávidas trabalhando em jornadas de trabalho desumanas e em lugares insalubres. A filosofia tem como lema a produção, não existindo direitos para os trabalhadores.


Neste contexto grupos são reunidos para discutir direitos iguais para todos, dignidade para o trabalhador, pleitos de leis justas aplicáveis aos funcionários das linhas de produção. Os grupos fundam os sindicatos. Os sindicatos de trabalhadores são formas institucionais da ação coletiva dos produtores diretos. São instâncias organizativas decorrentes do movimento associativo, criadas para compensar a fraqueza do trabalhador, atomizados na sua relação contratual com o capital. (Cattani, 1997).

A história nos mostra o interesse das classes dominantes e políticas públicas que são criadas para atender e privilegiar estes setores da sociedade oferecendo ao pobre o “amparo”. Porém um amparo que pouco dignifica e que vai demandar em muita luta principalmente do velho para ser recompensado no seu direito que a princípio deveria ser respeitado. Em que pese, são várias as Leis e Estatutos que evidenciam direitos assegurados, mas que, via de regra não é cumprida na integra.


“O sistema de proteção social dos países subdesenvolvidos se caracteriza, entre outros aspectos, pelo escopo restrito de programas pela precariedade dos serviços oferecidos e, sobretudo, pela não universalidade dos mesmos. Ter acesso a um ou outro programa requer muitas vezes contribuições prévias para o sistema ou, na melhor das hipóteses, o preenchimento de requisitos formais comprováveis através de documentos. Ser cidadão do País não confere direitos automáticos”. (Jannuzzi, 2009).


No cenário de envelhecer e de aposentar-se não se percebem situações que convidem o homem a aquietar seus anseios diante da velhice ou mesmo da inevitável aposentadoria. Mesmo assim, o guerreiro vai à luta e de conquista em conquista vai alargando horizontes até então não disponíveis ao velho aposentado. E ainda, cria associações, busca voz nos meios de comunicação e defende direitos relativos à reposição dos seus benefícios.

Na luta por garantia a direitos e reposições, temos o chamado Movimento dos 147% que foi uma mobilização dos aposentados e pensionistas da Previdência Social com a finalidade de garantir um reajuste de 147% a título de compensação que havia sido garantido pela Lei 8222 de 05 de setembro de 1991. Este movimento teve sua reivindicação aprovada e levou o nome de Movimento dos 147%.


“As questões da Previdência Social das aposentadorias nos anos 90 e a criação de uma nova mobilização indicam uma conquista no campo político, alterando, assim, as cenas e as arenas como campo e forma de luta dos trabalhadores aposentados, o que veio, posteriormente, a eclodir na grande peça e no cenário do movimento e da conquista de reposição dos 147%”. (Py et al, 2004).


O tempo de aposentar-se mesmo num cenário que pode ser sombrio a princípio e com muitas lutas ainda pela frente, no que diz respeito, principalmente a remunerações justas e capaz de promover as necessidades básicas do indivíduo, também pode ser tempo para saídas criativas e de realizações do que até então não foi possível fazer.

DECLÍNIO DAS FUNÇÕES COGNITIVAS

O até então exposto, preocupou-se em uma descrição que fazia parte da história do envelhecimento do homem, com o seu despreparo para ser velho e a entrada no mundo da aposentadoria com seus significados. Ainda no que tange ao envelhecer está o idoso diante de questões importantes que demandam cuidados pertinentes à saúde física e que devem estar amparados por órgãos ligados ao atendimento clínico, com vista a detectar e tratar as questões relativas ao declínio das funções cognitivas.


O envelhecimento é um processo gradativo com possíveis mudanças no desempenho cognitivo. O andar, a fala, a memória, linguagem, atenção, raciocínio, e a criatividade são habilidades da cognição que ao longo da maturação do homem tiveram um ápice e consequente declínio. Sendo que a partir desta fase da vida se inicia o processo onde estas habilidades irão declinar, muito embora existam idosos com boa capacidade cognitiva e física, envolvidos nas relações sociais e desfrutando da chamada velhice bem sucedida.

Os idosos com bom nível cultural, que possuem boas relações familiares, envolvidos em projetos que lhes exijam investimentos no campo social e pessoal, que gozam de boa saúde física e psíquica, possivelmente sofrerão um menor declínio das habilidades cognitivas citadas acima, pois estarão amparados por sustentações sociais saudáveis.


O termo cognição corresponde à faixa de funcionamento intelectual humano, incluindo percepção, atenção, memória, raciocínio, tomada de decisões, solução de problemas e formação de estruturas complexas do conhecimento. A grande dificuldade acerca do envelhecimento é o limite entre alterações cognitivas normais e patogênicas. (Moraes et al, 2010).


Com o envelhecimento a capacidade funcional e cognitiva vai apresentar um declínio diminuindo significativamente a qualidade de vida do idoso. Dentre as funções importantes que declinam e podem conter indícios da demência, temos a memória.

A percepção do funcionamento da própria memória é fator importante e as queixas sobre as falhas da memória podem indicar alterações normais do envelhecimento, mas também podem sinalizar o início de um quadro patológico. Portanto, as queixas de memória devem ser investigadas cuidadosamente. (Rabelo, 2009).


Dentre as alterações da memória que mais prejuízo pode trazer ao funcionamento cognitivo do idoso, significando uma baixa em sua qualidade de vida, está a demência, sendo seu maior grau de complexidade encontrado na doença de Alzheimer. A doença de Alzheimer é a patologia neurovegetativa mais frequente associada a idade, cujas manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas resultam em deficiência progressiva e incapacitação. O sintoma inicial da doença é caracterizado pela perda progressiva da memória recente. (Sereniki, 2008).


Nas habilidades cognitivas a memória tem importante função. Seu comprometimento ou perda, certamente afetará o idoso de forma significativa. Ela é a base para a realização da aprendizagem, sendo que o ato de aprender se faz até o final da vida e tem vital importância em todos os estágios do início ao fim do desenvolvimento do homem. Portant, todo dano que envolver a memória, poderá colaborar significativamente no declínio das funções cognitivas.


A memória é uma função cognitiva complexa por meio da qual o ser humano codifica, armazena e recupera a informação. O funcionamento da memória na velhice é caracterizado por grande heterogeneidade intra e interindividual, mas sua trajetória é caracterizada pelo declínio. Este afeta mais os controles executivos do que os automatismos. (Neri, 2014).

O envelhecimento e a possibilidade do declínio das funções cognitivas que podem fazer parte de um processo normal, sem que necessariamente seja a instalação da patologia. A não identificação destes sintomas pode redundar em um maior prejuízo ao idoso, na medida em que irão prejudicar instancias necessárias ao aprendizado que como já foi colocado acima, o homem se beneficia até o último momento da existência.


Por outro lado, a que ressaltar a importância da atuação clínica, principalmente nas redes públicas de saúde, identificando o potencial de risco para desenvolver síndromes demenciais nos seus mais variados graus. A identificação oportuna permite intervenções médicas, familiares e consequente qualidade de vida ao idoso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Escrever sobre o tema envelhecimento é fascinante. Ha alguns anos atrás velho era uma pessoa de seus cinquenta anos. Hoje com o avanço da medicina, pesquisas, medicamentos, enfim, uma gama de possibilidades tanto na cura quanto na prevenção vai permitindo ao homem estender esta margem da vida, cada vez mais. Não raro, se houve sobre a existência de pessoas com cem anos e qualidade de vida muito boa.


Se por um lado é encantador o fato da vida se prolongar, por outro nos deparamos com o próprio despreparo do homem para viver este prolongamento da vida. Ele idoso não está preparado e o que é pior a sociedade, o jovem, também não estão.


Ainda existe muito tabu e preconceito sobre o tema velhice, sendo que estas questões iniciam com o próprio velho que muitas vezes se entrega a esta etapa esperando a morte, ou mesmo se agarra a filhos e netos como se ali estivesse a qualidade para viver o tempo de vida que ele ainda possuí e que não sabe ou não está preparado para fazer. Por outro lado, a sociedade que segrega e desconsidera o velho dando-lhe o rótulo de inútil, principalmente diante do fator aposentadoria.


Sem dúvida, deveriam ser anos mais bem aproveitados e a bem da verdade, não queremos pintar o quadro de dourado como se tudo fosse maravilhoso, porque não é assim. Existem idosos com problemas físicos, mentais e tantas patologias que podem surgir com o passar dos anos, ou ainda os segregados por medíocres salários que não dispõem do suficiente para viver com dignidade.


Porém, aqueles que desfrutam de boa saúde e são considerados dentro do que se chama velhice ativa, estão numa fase considerada privilegiada, filhos cresceram e eles próprios pararam de trabalhar, sendo que o mundo está aí para oferecer academias de ginastica, turismos voltados para a terceira idade, programas ligados ao envelhecimento com o objetivo de trazer qualidade de vida. Ou ainda, as universidades aberta a terceira idade e tantas outras possibilidades que o idoso pode ingressar.


Encerrando este estudo, salientamos a questão aposentadoria que demanda no preparo do idoso e mesmo do jovem, para enfrentar esta etapa. Ou ainda, a sociedade, que por sua vez, também precisa de preparo para engajar todo aquele que deseja continuar no mercado de trabalho e esta “velho”. Finalizamos com o tema relativo à questão do declínio das funções cognitivas, que demandam programas de saúde pública com o objetivo da prevenção e identificação dos sinalizadores que tanto fazem parte do envelhecimento normal, como também, estão engendradas dentro da patologia. Estas questões falam da vida, porém é inegável visualizar o final desta. Sem dúvida o tema assusta e provoca grandes interrogações, na medida que fecha um ciclo da vida.

BIBLIOGRAFIA:

BEAUVOIR, S. A Velhice. Tradução. Maria Helena Franco Monteiro. (2 ª ed.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.

CATTANI, A.D. Trabalho e Tecnologia – Dicionário Critico. Ed. Vozes. Petrópolis. 1997, p, 225.

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